quarta-feira, 22 de maio de 2013

Toda Forma de Amor

Os minutos iam-se com o vento.
As notícias vinham mais rápido do que o próprio tempo.
As palavras chegavam aos ouvidos dela, mas estavam desordenadas.
Tudo aconteceu tão absurdamente rápido que o raciocínio lógico, por mais
óbvio que fosse, ficara difícil.
Era uma questão de escolha: Ficar em casa sem agir e contar com a sorte ou
sair em busca do seu amor, na esperança de ainda encontrá-lo vivo.
E, pensando nisso, ela saiu sem rumo certo, seguindo apenas o seu coração.
Pelo caminho, em meio a lágrimas e suspiros, ela olhava para todos os lados,
em cada esquina em busca de algum sinal, por menor que fosse... mas nada!
Não! Ela não poderia desistir agora! Já havia caminhado tanto... Mas só Deus
saberia se estava no caminho certo ou não. Pensou em desistir e voltar para
casa, mas o que sentia era tão forte que, apesar do cansaço, decidiu continuar
sua busca.
Perto de uma esquina, viu uma figura ágil correndo caminho adentro e, sem ter
dúvidas, juntou todo o seu fôlego e foi atrás. A distância que percorrera era
relativamente curta, mas, aos olhos dela, parecia imensa.
Ao dobrar a esquina, sem voz e, agora, sem fôlego algum, começou a caminhar
em linha reta e, quando seus olhares se cruzaram, a emoção foi tanta que
palavras não foram capazes de descrever.
Em meio a lágrimas e lambidas, ela abraçou sua companheira de quatro patas e,
juntas, caminharam de volta para casa com uma história para contar.